26 de novembro de 2011

Ordem do futuro

O contexto do sempre,
Até o mesmo se cansa.
Aquela vontade de ar... 
Parar, flutuar, 
Desenhar as pessoas,
Desenhar as coisas,
Desenhar  todos...


O sem futuro ainda irá te dizer o que fazer,
O sem futuro ainda irá te fazer lamber o chão da vergonha,
O seu futuro é sem razão,
O seu futuro poderá apenas ser um buraco do passado. 



22 de novembro de 2011

Onde

Olhos fechados.
Olhos vendados.
Olhos eternos.
Olhos.


Para olhar onde?
Onde buscar?
Para onde levar?
O que levar?

Onde eu existo mais,
Onde eu  irei existir,
Onde eu  irei procurar...


O que eu já achei,
O que eu agora sei...
É concreto, é o tudo, é o coração... 


Minha emoção feliz.
Vem e vai em noites e dias,
Esperando apenas a contemplação.


Agora eu sei onde está.
Agora eu sei o que é.
Agora eu sei TUDO.




Tempo Mesclado

Enquanto a certeza,
Enquanto o momento,
Enquanto algo for de vez.


O tempo está mesclado,
O tempo mudará a cada hora,
Vai chover enquanto queima o sol.


Dor pode ser...
Amor pode ser...
Louvor... ?


Enquanto existir o tempo...
Ele será mesclado.
Uma confusão solitária,
Onde o jogo principal é ganhar de si mesmo. 



21 de novembro de 2011

O surto

A lágrima sorri para você,
Cai como um chumbo em meu rosto,
Como todos... 
Não é capaz de perceber o que sinto.


Para o mundo a lágrima alheia é apenas um sorriso,
Para o mundo o que sentimos, 
Faz parte do paraíso.


É um surto do fingimento,
Acompanhado de doses,
Doses de perdão.


Vento a controlar

Siga o vento!
Não há como controlar...
A ventania está por todas as direções...


Não há como controlar.
Não posso seguir o vento,
Ele brinca conosco.


O vento vai controlar,
Não podemos seguir,
Não existe mais lugar.


Dos Perdidos

O vazio dos encantos,
Os solos, aos prantos,
Onde não encontrar?


A solidão é mais cheia que a alegria,
Deixa-te ao longe, te desespera,
Despedaça, mas também reintegra. 


A voz está cansada,
Não tem-se mais definição do sorriso e lágrima.


19 de novembro de 2011

Jornada entre as estrelas

Solitária havia uma estrela no céu,
Eu olhava esse semblante,
Triste ela dormia,
Meu rosto seguia.


Algumas horas,
Sozinha ela acordava,
Um pingo de sua lágrima,
Em minha boca caiu. 


Ela era o seu reflexo no céu,
Do outro lado você estava,
Assistia minha imagem também em estrelas,
Até o dia que o encontro transformou tudo,
E o céu estava com a noite mais feliz e brilhante. 


18 de novembro de 2011

A fala das gotas

Olho para as gotas, 
Elas dizem que sou forte,
Uma pequena força.


Vejo como elas caem, 
Sabendo que na queda evoluem,
O barulho tranquiliza.


O toque das gotas,
Não é lacrimosa, 
Melhora a sensibilidade.


Eu vejo as gotas, 
Elas tem muito a dizer.
Sua evolução,
De gota para o chão... 
Não é simples compreender. 




17 de novembro de 2011

O castelo de água

Esperanças das pedras,
Iludidos estigmas de feras,
Enquanto o mármore é seu desejo,
Eu alcanço o castelo de água,
Água pura, que se torna alívio.
Sua cobiça, inveja, veneno,
Ficam longe desse castelo!



7 de novembro de 2011

Explosão Interna

Visão totalmente branca,
O que dizer agora?
São gritos dali,
Pisões daqui, 
Medos que se alteram...
Lágrimas que doem,
Vontade de gritar...
De continuar inútil, escondido num quadrado escuro de quarto.


Não sirvo, não consigo, nunca estabeleço...
Fugir em goles, 
Goles que acabam quando o sentimento volta.


Agonia e medo, 
Afinal é igual,
Nossa explosão interna,
Por não conseguir ser perfeito nunca.